terça-feira, 4 de março de 2014

Carnaval termina na Sapucaí com homenagens e brinquedos

Portal Terra
A segunda e última noite de Carnaval do Grupo Especial na Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro, terminou com muitas homenagens e menções ao universo infantil – principalmente a desenhos e brinquedos. A festa carioca emocionou os presentes contando a história do piloto Ayrton Senna, do ex-meia Zico, do ambientalista Chico Mendes, do carnavalesco Fernando Pinto e da histórica Avenida Rio Branco.
O universo infantil também encantou o público carioca, com muita nostalgia e a presença de brinquedos, contos de fadas e ídolos, nos desfiles da União da Ilha e da Unidos da Tijuca. Alguns incidentes também marcaram a noite: na própria União da Ilha, um carro alegórico deixou um dos destaques “penso”, perigosamente inclinado. Já a Vila Isabel viu quatro alas improvisarem fantasias, que não chegaram a tempo á Marquês de Sapucaí.
Unidos da Tijuca
Unidos da Tijuca
Mocidade
A Mocidade Independente de Padre Miguel foi a primeira escola a desfilar na Sapucaí na noite desta segunda-feira, segundo dia do Grupo Especial do Carnaval do Rio de Janeiro. E a tradicional agremiação, que não leva o título desde 1996, fez homenagem ao carnavalesco Fernando Pinto, morto em 1987, que na apresentação da agremiação "volta" do espaço. Seu estado natal, Pernambuco, também foi relembrado.
União da Ilha
A Marquês de Sapucaí virou um mundo mágico com o desfile da União da Ilha. A segunda escola de samba abriu o baú de brinquedos e dedicou seu desfile ao universo infantil, transformando a avenida em uma enorme área de jogos e brincadeiras. Um carro alegórico, entretanto, apresentou um problema grave e deve prejudicar o resultado da agremiação.
Vila Isabel
A Vila Isabel apostou em uma homenagem à natureza brasileira e ao seringueiro e ativista Chico Mendes para buscar o bicampeonato no Carnaval carioca. Com o enredo "Retratos de um Brasil plural", mostrou a diversidade da vegetação nacional e alerta para a importância da defesa do meio-ambiente. No entanto, sofreu com falhas graves: fantasias de quatro alas não foram entregues a tempo, e integrantes da escola tiveram que improvisar
Imperatriz Leopoldinense
Horas após comemorar 61 anos de idade, o ex-jogador Zico virou enredo de Carnaval Imperatriz Leopoldinense, que homenageou o craque do Flamengo e da Seleção Brasileira, nascido em 3 de março de 1953 e que brilhou nos gramados do Brasil e do mundo entre as décadas de 1970 e 1990. O homenageado fechou o desfile como destaque principal do último carro alegórico, vestindo roupa de imperador e uma camisa com listras em vermelho e preto. Por ele, a escola quebrou a tradição de representar a coroa no abre-alas: ela acompanhou o "rei Arthur X" no encerramento da apresentação
Portela
Penúltima escola a desfilar, a Portela colocou na Marquês de Sapucaí uma das principais ruas da capital carioca: a Avenida Rio Branco, tema do enredo "Um Rio de mar a mar: do Valongo à Glória de São Sebastião". Em sua passagem pela avenida, a agremiação resgatou eventos importantes da região central da cidade, do mercado de escravos em seus primórdios ao Cordão do Bola Preta, Carnaval de rua tradicional.
Unidos da Tijuca
Última escola de samba do Grupo Especial, a Unidos da Tijuca transformou a Marquês de Sapucaí em um autódromo de Fórmula 1 e encerrou o Carnaval do Rio de Janeiro com homenagem ao ex-piloto Ayrton Senna, que morreu há 20 anos em um acidente no Grande Prêmio de San Marino, na Itália. Com referências a personagens velozes do imaginário e trechos da história de Senna, divertiu o público.

Tags: desfile, escola, folia, Rio, samba

segunda-feira, 3 de março de 2014

Beija-Flor e Salgueiro se destacam na primeira noite do Grupo Especial carioca

Mangueira se superou na avenida, mas teve alegoria danificada após incidente
Do R7
Comissão de frente do Salgueiro mostrou a formação do mundo e teve direito a número de levitaçãoFernando Borba/R7
Boni desfilou vestido de Chaplin em frente a bateria da Beija-FlorAgNews
A primeira noite de desfiles do Grupo Especial carioca já teve gritos de “É Campeão”. Salgueiro e Beija-Flor, as últimas escolas a desfilar, conquistaram as arquibancadas e surpreenderam em suas apresentações.
A vermelho e branco tinha a seu favor o samba que contagiou a Sapucaí de ponta a ponta. Não houve um setor sequer da Sapucaí que não cantou junto com a escola. Já a agremiação de Nilópolis apostou na inovação e no luxo para homenagear o diretor Boni.
A Mangueira foi outra escola que surpreendeu na avenida. A verde e rosa fez um desfile leve e soube explorar muito bem o enredo de festas populares. O quinto carro alegórico, no entanto, bateu na Torre de TV da Sapucaí e ficou com a principal escultura danificada.
Veja como foram os desfiles:
Campeã do Acesso em 2013, a Império da Tijuca abriu o Grupo Especial na noite de domingo (2). A verde e branco mostrou a força do batuque, que chegou ao Brasil com os negros africanos e se disseminou em festas. Destaque para o segundo carro alegórico, que falou sobre a Kizombada, festa típica de Angola. A escola também apostou em ritmos novos e homenageou Chico Science e Nação Zumbi.
Império da Tijuca abre desfile do Grupo Especial contando a história do batuque na Sapucaí
Segunda escola a desfilar, a Grande Rio empolgou o público contando a história da cidade de Maricá sob o olhar da cantora Maysa. Tânia Mara, nora da artista, foi um dos grandes destaques. Outro setor da Grande Rio foi dedicado à chegada de Charles Darwin ao Brasil, em especial, à Serra da Tiririca, no Rio, onde fica a cidade homenageada pela escola. A comissão de frente foi uma das principais atrações, com um pirata sendo arremessado de um canhão.
Grande Rio empolga público contando a história de Maricá sob o olhar da cantora Maysa
Veja fotos do desfila da Grande Rio
A São Clemente fez um desfile irreverente para falar sobre favela. A escola só mostrouos aspectos positivos das comunidades. Um dos destaques ficou por conta da Ala das Baianas. As fantasias traziam capim seco no barrado da saia e nos costeiros. A agremiação homenageou algumas das favelas mais tradicionais do Rio, como Rocinha, Complexo do Alemão, Santa Marta, Mangueira e Salgueiro. O samba fácil ajudou a garantir a animação da escola.
São Clemente desvenda todas as qualidades das favelas na Sapucaí
Veja fotos dos desfiles da São Clemente
Quarta agremiação a se apresentar, a Mangueira aproveitou o Carnaval para falar sobre as festas populares do Brasil. A bateria Surdo Um arrepiou a arquibancada com paradinhas e uma orquestra de tamborins. As festividades foram divididas por temas ao longo dos setores. A escola começou com as religiosas e seguiu com as celebrações de Iemanjá, festas nordestinas e celebrações folclóricas, até chegar aos grandes eventos turísticos, como a Parada LGBT, Réveillon e o Carnaval. 
Mangueira faz festa na Sapucaí e ignora carro quebrado
Veja fotos do desfile da Mangueira
O Salgueiro ganhou a Sapucaí logo no primeiro minuto de desfile com o samba arrebatador de Gaia, a Vida em Nossas Mãos. A escola passou rica e luxuosa, abusando de penas de faisão. Os setores foram divididos em terra, fogo, água e ar. O primeiro, sobre a terra, pintou a avenida de marrom. As outras cores só voltaram ao desfile quando começaram os outros elementos. A escola deixou a Sapucaí sob gritos de “É Campeão” vindos das arquibancadas.
Samba domina arquibancada e empurra Salgueiro na Marquês de Sapucaí
Veja fotos do desfile do Salgueiro
Última escola a desfilar, a Beija-Flor escolheu contar a história da comunicação para homenagear o diretor José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. A escola fez um desfile rico, bem acabado e cantou bastante o samba. Mas o grande destaque foi a inovação. A escola uniu o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira à comissão de frente. Enquanto isso, o homenageado trocou o alto de uma alegoria para desfilar junto à bateria.
Em homenagem a Boni, Beija-Flor de Nilópolis faz desfile rico e inovador
Veja fotos do desfile da Beija-Flor
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sábado, 1 de março de 2014

Críticas a Barbosa se multiplicam após ataques aos ministros do STF

28/2/2014 15:12
Por Redação - de Brasília

CORREIO DO BRASIL
Barroso foi enfático ao afirmar que 'mensalão' é um 'ponto fora da curva'
Barroso foi enfático ao afirmar que ‘mensalão’ é um ‘ponto fora da curva’
Após a derrota para a maioria do Plenário, no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Joaquim Barbosa, presidente da Corte e relator da Ação Penal (AP) 470, chamada de ‘mensalão’ pela mídia conservadora, ou de ‘mentirão’ na imprensa independente, sofrerá um novo revés, em breve. Ele verá todo o julgamento ser questionado, uma vez que a quadrilha que afirmava existir, no bojo do processo, simplesmente foi desconsiderada por seis dos ministros do Supremo.
Em não havendo quadrilha, o ex-ministro José Dirceu, por exemplo, não poderia ser alvo das acusações que o colocaram no centro da tese de ‘domínio do fato’, o que lhe significou parte da pena que cumpre, hoje, em regime fechado, quando deveria cumpri-la em regime semiaberto. Este será um dos fatos questionados pela defesa dos réus.
O julgamento dos embargos infringentes, recursos que poderiam reverter as condenações, representa o fim do andamento do processo no STF, mas ainda resta uma última possibilidade para os condenados tentarem mudar os rumos dos fatos e, por conseguinte, as penas impostas pela Corte: a revisão criminal, uma nova ação que poderá ser apresentada individualmente por cada condenado.
Nesta quinta-feira, durante o julgamento dos embargos infringentes, o STF decidiu, por maioria de votos, absolver os réus do crime de formação de quadrilha. No dia 13 de marco, serão analisados mais três recursos em relação ao crime de lavagem de dinheiro.
A absolvição por formação de quadrilha não altera as condenações dos réus do mensalão pelos demais crimes. Dirceu, Delúbio e Genoino cumprem pena por corrupção ativa. Os ex-dirigentes do Banco Rural estão presos por lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e evasão de divisas. O núcleo de Valério cumpre pena por corrupção ativa, peculato e lavagem – Ramon e Valério foram punidos também por evasão.
Em relação a esses crimes, para os quais não cabem mais recursos no processo do mensalão, os condenados poderiam entrar com revisão criminal. A revisão criminal somente poderá ser apresentada quando não couber mais nenhum recurso contra as condenações.
Discurso virulento
Em artigo publicado nesta sexta-feira, a colunista da Rede Brasil Atual (RBA) Helena Sthephanowich atentou para o fato que, ao fim do capítulo do julgamento dos embargos infringentes na AP-470 que absolveu José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e outros réus do crime de formação de quadrilha, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, o último a votar – quando já não era mais possível reverter o veredito – “fez um discurso com frases de efeito tais como ‘alertar à nação’, ‘sanha reformadora’ etc”.
“Aos olhos de quem trabalha com a divulgação de informação, ficou claro que se tratava de uma fala que poderia perfeitamente ser editada pelos telejornais, reforçando o viés moralizador de uma potencial campanha política dele, Joaquim Barbosa”, afirmou a colunista.
O discurso, no entanto, foi esvaziado nas edições dos jornais televisivos noturnos, para frustração do autor, e sobraram críticas ao comportamento do presidente da mais alta corte de Justiça do país. Segundo o jornalista Miguel do Rosário,
em seu blog, “o fato de estar publicada na CBN, que pertence às organizações Globo, mostra que não está sendo possível conter a avalanche de críticas ao JB. Ela está vindo com muita força, de todos os lados, de pessoas esclarecidas e preocupadas com o direito, com a justiça e, sobretudo, com a democracia, conceitos agredidos violentamente pelo sociopata político Joaquim Barbosa”.
“O cientista político Claudio Couto, da Escola de Administração Pública da FGV de São Paulo, acusou o presidente do STF, Joaquim Barbosa, de fazer acusações de cunho político e partidário contra seus colegas e contra a presidente da República. ‘Ele não podia fazer isso, pois um juiz deve ser neutro’, diz Couto. Ele aborda ainda a possibilidade de o STF reverter decisões sobre o ‘mensalão’, mesmo que isso contrarie a ‘opinião pública’. Couto lembra que o STF deveria ser uma instituição contra-majoritária, ou seja, mais preocupada com os direitos individuais do que com a opinião da maioria, até porque é uma opinião contingente e volátil, que hoje pode estar de um lado, e amanhã, de outro”, afirmou.
“Com a expressão de ‘alerta ao Brasil’, Joaquim Barbosa fez praticamente um chamamento ao golpe. Foi o que entendi após ouvir essa entrevista de Couto. E é isso mesmo o que eu acho que Barbosa fez: chamou um golpe. Ou preparou os
fundamentos de seu discurso eleitoral, cometendo um gravíssimo crime político, em dose dupla: juiz não pode exercer atividade político-partidária e não se pode usar a TV Justiça para veicular propaganda política”, concluiu.